terça-feira, 16 de março de 2010

Gaseificação da biomassa em debate.

Um grupo de especialistas se reuniu, na semana passada, no Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT) para debater alternativas para o aproveitamento do lixo urbano na geração de energia elétrica. Um dos atrativos do encontro foi a apresentação do pesquisador Louis J.Circeo, do Georgia Tech Research Institute dos Estados Unidos, sobre o trabalho ““Plasma Arc Gasification”, que prevê uma série de possibilidades de aplicação. A reunião foi promovida em parceria com a Braskem.

“Observações feitas pelo pessoal da Braskem numa unidade de demonstração no Japão sugerem que a tecnologia do plasma para essa finalidade tem potencial, mas não está desenvolvida de maneira completa. Há problemas que ainda demandam muita pesquisa.”, observou o pesquisador Ademar Ushima, do Laboratório de Energia Térmica, Motores, Combustíveis e Emissões do IPT.

Para o diretor de inovação do instituto, Fernando Landgraf, a solução apresentada é uma contribuição relevante ao debate. “Trata-se de uma alternativa a ser avaliada, pois temos pela frente desafios adicionais de transformar bagaço e palha de cana em energia. Circeo também propõe a tecnologia de plasma para remediação de solos contaminados. São ideias em busca de comprovação.”, apontou.

Com a iniciativa, a Braskem manifesta a sua preocupação de trabalhar na recuperação da energia do lixo. “É meta da empresa no Brasil. O assunto já está bastante disseminado na Europa e no Japão. Há quatro tecnologias disponíveis para gerar energia do lixo: incineração, pirólise, combustão pirólise/gaseificação e plasma, que é a mais recente. No Brasil ainda não existem plantas instaladas. O que vimos sobre o plasma para processar lixo é que ainda se trata de uma tecnologia imatura. Queremos tecnologia amplamente comprovada para construir a primeira planta brasileira.”, comentou Marcelo J. Spohr, da Inteligência Tecnológica da Braskem

Fonte: Agencia ambiente energia

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Nota do blog: as possibilidades são infinitas. Todos os dias recebemos uma enorme quantidade de informações sobre etanol, muitas delas aparentemente feitas para "jornal ter pauta". Segue:

1) O etanol vai ser o responsável pela extinção da floresta amazônica: uma bobagem, até porque fica difícil uma variedade no curto prazo ser eficiente com alta temperatura e regime de chuvas da região Amazônica.

2) O etanol não pode competir internacionalmente pois a logística é ineficiente: basta dar estrutura. Transportar de caminhão etanol por 1000 km para o porto não é a melhor solução para o meio ambiente nem para o bolso dos exportadores. Duto neles!

3) O futuro é a célula de combustível e o carro de hidrogênio: Mas quando? A que custo? e as economias menos desenvolvidas? vão conseguir ter acesso a esta tecnologia em quanto tempo? Ainda estarei vivo para ver?.

Enfim, o foco ainda é (e será durante muito tempo) etanol de 1a geração. Estamos longe de esgotar as possibilidades da sacarose aparente e as pesquisas para hidrólise enzimática avançam a passos largos, o que nos garante também por muitos e muitos anos (Imaginem só o volume de biomassa do bagaço....) uma supremacia da cultura da cana.

Precisamos sim que os processos sejam mais popularizados (e os paradigmas absurdos sejam quebrados), de linhas de crédito para melhorar a eficiência dos processos atuais e de uma ação coordenada entre o poder público (só apoiando, sem interferir via Petrobras).

Mãos a obra.

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