sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Reação da Petrobras a "Fusão" Shell & Cosan







Acabei de ler no IG... "Petrobras contrata banco para comprar oito usinas de etanol e se tornar a líder do setor no país"

A Petrobras montou uma estratégia agressiva para investir no mercado de etanol. A empresa já deu um mandato ao Bradesco para comprar oito usinas de etanol.

A Petrobras quer garantir a liderança no setor de biocombustível e evitar o problema de desabastecimento de etanol que ocorre neste início do ano, com os problemas de quebra da safra de cana-de-açúcar provocados pelo excesso de chuva.

O objetivo é de a estatal passar a deter pelo menos 25% da produção nacional de etanol.

O primeiro investimento da Petrobras no setor foi a compra de 40% da usina mineira Total, por R$ 150 milhões. Há outras na mira.

Esta reação era esperada, afinal de contas a Shell saiu na frente e fez a joint venture com a Cosan para consolidar o setor. Os passos da Petrobras sempre foram muito tímidos pois a associaçao com a Total lhe garantiria "apenas" 100 mil m3 de etanol/ano, enquanto a capacidade instalada da Cosan é de 2.000 mil m3 (20 vezes maior!!!).

Resta saber se a estratégia da Petrobras será uma operaçao estruturada ou uma aquisiçao desesperada. O mercado comenta que a Petrobras foi pega de surpresa com a joint da Shell & Cosan e que a reação da cúpula da empresa (leia-se na verdade presidente Luis Inácio Lula da Silva) sera imediata. Devemos lembrar que a Petrobras é lider de mercado em todos os segmentos que participa.

Nao restam grandes grupos para serem comprados pela Petrobras e uma das soluçoes pode ser a nova empresa a ser formada pela união entre a entre a Brenco e a ETH, até porque a Odebrecht tem relações estreitas com poder federal e a petrolifera brasileira. Nao podemos nos esquecer da compra da Quattor pela Braskem, realizada com um grande aporte de recursos da Petrobras.

Não acredito que Bunge, Louis Dreyfus e outros grandes grupos que estão iniciando o processo de consolidação sejam "seduzidas" pelo "canto da sereia" da Petrobras, pelo menos não nos próximos meses.

A aquisição de vários grupos (ou usinas) menores seria complicada para a estatal, pois demandaria um esforco muito grande para gerar sinergia entre os negocios e a economia de escala esperada só seria alcaçada no longo prazo.

Certamente o ano de 2010 será muito movimentado, até porque o mercado se recuperou no 2o. semestre de 2009 e o cenário para 2010 é extremamente promissor. É esperar para ver.

Aos amigos do MTA: O Rui tinha razão - Iremos para o mercado depois da crise ter passado.

PS: Desculpem-me pelos erros de acentuação, pois sistematicamente eles somem do meu teclado.

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