quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Alagoas ganha malha ferrroviária em 2010




Esta notícia é velha com cara nova.
Em 2007 estive em Alagoas e conversei com o pessoal da CFN. Já estava em estudo tudo isso que está escrito abaixo, mas nada foi feito.
Com o dólar a R$ 1,70 / 1,60, temos que buscar competitividade, reduzindo custos em toda cadeia sucroalcooleira. Espero que e para o bem da indústria esta ferrovia sai do papel.

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Alagoas se prepara para iniciar uma nova fase de desenvolvimento no setor de transportes, com a entrada em operação da nova linha férrea, já a partir de 2010. Operada pela Companhia Ferroviária do Nordeste desde sua privatização, em 1998, a retomada do sistema ferroviário tem grande importância para a economia do Estado, pois, quando a obra for concluída, deve propiciar a redução de custos de frete, acidentes nas estradas e até mesmo a redução da poluição ambiental.


Todo o processo de instalação e consolidação da companhia tem contado com apoio do governo do Estado. Os investidores seguem confiantes no potencial de Alagoas, notadamente no setor sucroalcooleiro, que tradicionalmente se beneficou do transporte ferroviário para o escoamento da produção.
Nesta fase de retomada da economia alagoana, outros segmentos serão beneficiados com a recuperação da ferrovia. Com a instalação e operação da mineradora Vale Verde, no município de Craíbas, no Agreste alagoano, o setor mineral também vai dispor deste apoio.
“A Transnordestina e a Mineradora Vale Verde vêm mantendo conversas acerca da implantação e viabilização do projeto, a partir da utilização da malha ferroviária da companhia”, informa Flávia Ferreira, assessora da diretoria.
Em Alagoas, as obras de estrutura estão em estágio avançado de execução e incluem a colocação de dormentes, trilhos, fixações e brita. Na parte de infraestrutura, a companhia finaliza pontes, aterros, bueiros e canaletas ao longo da ferrovia, que percorre 550km e passa por 21 cidades entre Porto Real do Colégio (AL) e o município pernambucano de Cabo de Santo Agostinho, onde está localizado o porto de Suape, de onde os produtos devem seguir para exportação. O investimento em todo trecho de Alagoas e Pernambuco é da ordem de R$ 112 milhões, sendo R$ 70 milhões aplicados no Estado. “O apoio político do governo tem sido fundamental”, relata Flávia Ferreira.
Segundo a direção da companhia, a circulação em Alagoas está prevista para começar em abril do próximo ano. Outra boa novidade é a integração da malha nordestina com a malha ferroviária Centro Atlântica, que passa por estados do Sudeste. A interligação entre as duas redes ainda depende da conclusão de serviços de via permanente, a serem executados na rede da região Sudeste.

Com a conclusão destas ações, Alagoas terá sua economia ainda mais consolidada, com os benefícios que a rede ferroviária vai trazer na área de transporte de cargas. Além da redução nos custos, o sistema ainda vai contribuir para a diminuição da poluição ambiental, devido à baixa emissão de poluentes pelas locomotivas.

“A cesta de produtos em Alagoas é composta fundamentalmente pelo segmento sucroalcooleiro, alem de derivados de petróleo, produtos siderúrgicos, grãos, dentre outros. São inúmeras as possibilidades de crescimento de diversos setores da economia alagoana”, revela a assessora da diretoria da Companhia Ferroviária do Nordeste. Todo o controle do sistema e o escritório da CFN estão sediados em Fortaleza (CE).

Em Arapiraca, município que também deve ser beneficiado com a chegada da mineradora Vale Verde na região, a antiga estação ferroviária tem servido de base para a manutenção de locomotivas, utilizadas nos serviços de recuperação da rede. A área já se encontra totalmente urbanizada. A retomada do sistema faz muita gente lembrar do passado, de uma época em que a ferrovia transportava cargas e até passageiros e gerava empregos na cidade.

“Estamos aguardando para ver ressurgir a linha férrea. Acredito que uma nova linha deve ser criada na área urbana de Arapiraca, pois de lá pra cá a cidade cresceu muito e hoje, ao meu ver, deve ser difícil transitar com trens com tantos cruzamentos de ruas e o trânsito cada vez mais intenso”, considera o empresário Ivanildo Silva, proprietário de uma pousada ao lado da antiga estação. Ele praticamente cresceu próximo à ferrovia a acredita que a reativação da rede vai contribuir para o desenvolvimento da região.

Autor: Marcelo Amorim - Agência Alagoas

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